Um homem, que preferiu não se identificar, divulgou vídeos denunciando uma ação truculenta por parte de policiais militares durante uma abordagem no bairro da Chã da Jaqueira, em Maceió. As imagens capturadas por câmeras de segurança mostram os policiais ameaçando o homem de morte e agredindo sua esposa e filho de 16 anos. A vítima afirmou que irá reportar o caso à corregedoria da PM ainda hoje, buscando uma investigação sobre a conduta dos agentes.

No vídeo, é possível observar três agentes, supostamente do 4º Batalhão, realizando a abordagem em frente à residência da vítima. Enquanto um dos policiais aplica uma técnica de estrangulamento conhecida como "mata leão" no homem, seus familiares tentam intervir para impedir a violência. O homem é jogado ao chão, algemado e colocado na parte de trás da viatura. Os familiares se aproximam do carro, mas são afastados pelos policiais. No final do vídeo, um dos agentes dispara uma arma de calibre 12 com balas de borracha em direção às pessoas presentes. A vítima relatou ter guardado duas cápsulas das munições disparadas como prova.

A abordagem policial teria ocorrido após uma denúncia de que o homem estaria portando uma arma de fogo. No entanto, ele foi preso por desobediência e conduzido à Central de Flagrantes no bairro do Tabuleiro do Martins. Ao chegar à cela, o homem afirmou que um dos policiais se apresentou como agente da lei para os outros detidos, mas ninguém acreditou na afirmação.

O homem enfatizou que não tratou os policiais de forma inadequada e que se identificou conforme solicitado. Ele, que está afastado do trabalho devido a um acidente, mencionou problemas de saúde e um sangramento que ocorreu enquanto era colocado na viatura.

A vítima, que é evangélica e pai de família, destacou a forma como foi tratado durante a abordagem, afirmando que os policiais deveriam estar presentes para proteger a população, mas que o 4º BPM, infelizmente, parece agir de forma agressiva. Ele expressou preocupação com possíveis retaliações e afirmou que a equipe de policiais envolvida é composta por um sargento, um tenente e um cabo.

O comando da Polícia Militar de Alagoas respondeu à denúncia, afirmando que não compactua com desvios de conduta e orientando que as denúncias sejam feitas à corregedoria da corporação, para que seja instaurado um processo administrativo disciplinar visando apurar os fatos e garantir o direito ao contraditório e à ampla defesa dos envolvidos.